quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nomes Inglórios

As vezes entramos em alguns assuntos que parecem eternas repetições, e caímos na mesmice das tão polêmicas nomenclaturas dadas e adotadas da raça GIR.
Algumas bastante ouvidas, tanto por criadores ou vistas em publicidades e propaganda de criatórios, como é o caso Gir Leiteiro, Gir Dupla Aptidão. Esses tipos de nomes apesar de não corretos definitivamente em seu contexto, são aceitavéis.

Mas ultimamente tenho visto e ouvido algumas rotulagens inaceitavéis, e extremamente ofensivas. Me refiro em específico ao "GIR ALTERNATIVO".

Para sentir o que opinavam os amigos sobre o tema, lancei através da comunidade GIR-PO do orkut uma discussão sobre esse tipo de utilização, avaliada por mim como inglória.

ACOMPANHE OS PRINCIPAIS COMENTÁRIOS:

Jorge Sab

Nomes Inglórios...

Afim de apimentar as discussões aqui na Comunidade, gostaria de por em pauta as nomenclaturas e os rótulos atualmente dados ao nosso GIR!

Algo a comentar?

Fico indignado com algumas pessoas que tratam nosso Gir como Alternativo...

O que acham desses absurdos?

A. André

Alternativo?!? Esse eu nunca tinha ouvido... Eu também preferiria usar apenas o nome gir. O problema é que o rótulo "gir leiteiro" foi tão exaustivamente repetido e tão propagado que acabou forçando quem não aderiu a essa vertenta a criar uma denominação que servisse de contra-ponto para seus plantéis. Como muitos plantéis gir leiteiro fugiram tanto do padrão racial, surgiu o termo gir padrão que, no meu modo de ver, indica a preocupação com a manutenção do padrão racial. Entretanto, não deixa de ser um redundância, pois todo animal, para se enquadrar em determinada raça, precisa se encaixar nas características dela.

Antonio Adolfo

Para mim gir é gir, como canário da terra é apenas canário da terra, no mais desconfio de toda tentativa de reinventar a roda.

Gir BRG (Guilherme Ricaldoni)

Gir é Gir...

Jorge Sab

Gir é Gir

Eu fiquei bastante surpreso quando se referiram ao meu GIR, como um gado alternativo...

Assino em baixo A. André

A. André

Jorge, entendo sua indignação. Mas será que dá pra explicar pra gente o que esse pessoal que usou esse rótulo de alternativo pra seu gado queria dizer?

SEJ Jhonson

Gir é Gir

Na minha opinião deve-se evitar tentativas de emplacar adjetivos ao Gir que não esta compromissado com a ABCGIL.

É preciso resgatar com muita divulgação e informação que basta o termo Gir para subentender ou abranger todas as qualidades da raça, inclusive a produção de leite.

Jorge Sab

EXATAMENTE o que quiseram dizer não sei. minha interpretação foi de que nós que temos sérios critérios para a seleção, somos uma alternativa para o mercado. E eles são os pioneiros... Não sei se fui claro, mas se falar demais piora.

A. André

Jorge,

Vc foi bastante claro.

José Augusto Silva Barros

O gir padrão esta perdendo , se já não perdeu sua identidade, depois que faleceram grandes criadores que infelizmente não conseguiram com as mesmas qualidades ou com as mesmas competências que fizeram gerações de famílias e/ou linhagens dentro de seus rebanhos, sua própria geração, podemos dizer que as progênies dos grandes criadores da história do gir não foram à média como as progênies de seus grandes reprodutores ,alias , foram muito inferiores. Às vezes acho que existe uma confusão em conhecimentos, e saudosismos, onde as proles não entenderam o verdadeiro sentido da criação moderna da raça gir. Não digo que deva ser pra leite, ou pra carne ou pra ambas, não é isso, o conhecimento que eu quero dizer. É aquela perspicácia, atenção, ousadia, coragem , que os antigos criadores tinham , fico realmente muito confuso com uma nomenclatura de alternativa, a que ponto chegou à raça gir. A gir de verdade, a verdadeira, se tornou a alternativa, a “quem sabe eles usem” por ser diferente da falsa, por ter linhagens alternativas. A riqueza genética da raça gir , coisa que os grandes criadores conseguiram explorar e por muitas vezes mostrar , se resume a uma possibilidade “alternativa ...”

Um posicionamento no mínimo ridículo, para tentar se inserir no mercado,veja bem , tentativa ,não certeza . É vontade de dar a bunda com cara de machão,”...eu gosto é de raça, mas sem leite agente não vende...” Nem que eu me prostitua, uso mestiço, holandezados, e chamo o meu ou o seu gir de alternativo.

Quando me refiro as proles dos antigos giristas, não quero dizer especificamente uma família ou uma pessoa, quero dizer às gerações que conviveram e viveram com tais criadores, me incluo nela inclusive, São muitas pessoas que tiveram oportunidade de aprender, engolir, digerir e absorver muitos conhecimentos, não só da raça gir, mas da própria vida. Coloco-me nessa geração, pois tive a oportunidade de conviver, com ZEID SAB que para mim foi um dos maiores se não o maior conhecedor de pecuária do Brasil ou do mundo.

José Alfredo Barreto

Para mim o que estiver enquadrado no Padrão da Raça é Gyr, os assemelhados: "girados"; como, aliás, eram identificados e, "equivocadamente" passaram a rotula-los como "leiteiros". As aventuras duram pouco e gravem isso: atalho não tem volta!!! , ou melhor, traduziendo: "ATAIO NUM TEM VORTA" diz a sabedoria caipira.

José Alfredo Barreto

Faço a seguinte observação quanto a um comentário anterior à respeito da funcionalidade do gado. A confusão e ou equivocos são semeados e implantados pela disputa acirrada do mercado e a nossa entidade (abcz) "deixando o barco correr", gera além de prejuizos financeiros indefinições no sei do criatório de como se posicionar no sentido de buscar uma direcionamento seletivo de seu gado. Vejo nas manifestações muitas incongrurencias e imprecisões porque, sabe-se, o criador nasce, nunca o é "fabricado". É uma questão de sensibilidade, assim como nasce o artista, nasce o pintor, nasce o músico, nasce o criador, ou melhor, o selecionador. Ademais, como salientei, presente o "mercado" que somente se dirige e anda no sentido do o lucro fácil. Ser selecionador é abraçar a perseverança, a determinação e mais do que tudo, a renucia às facilidades, no sentido, diria, macro da empreitada. Por outro lado se verifica desconhecimento quanto o que é melhoramento, fato zootecnico que não anda parelho com definição racial e neste "batidão" vão acontecendo as coisas e os espertos de plantão, cruxificam o Gyr

e glorificam o dinheiro, ou melhor, o ganho fácil e quem "não dobra a espinha"...

Ramilton

Nomes inglórios...

Jorge, a idéia de "Alternativo" é do Rosimar. Eu, particularmente, não gosto, em razão da eventual interpretação de que seria uma "segunda alterntiva" ao "Gir leiteiro". Por outro lado, já adotei essa nomeclatura para distinguir, didaticamente, os dois grupos.

Concordo com a proposta do Sej. Vamos adotar a expressão "GiR" quando nos referirmos a animas dessa vertente. Não podemos ignorar a força da expressão "gir leiteiro". Mas, absurdo mesmo, é a expressão "raça gir leiteiro", que vem sendo difundida por alguns criadores. Já manifestei a minha indignação sobre o fato e, não recebi nenhum apoio. Precisamos de acões... Abraços!

Jorge Sab

Considerações...

1) José Augusto Barros - Falou com propriedade, e pontua o que o verdaderio pecuarista tende a seguir como base para com seus ideais.

2) José Alfredo - Simplesmente uma explicação breve, de quem entende e se preucupa com a qualidade, e padronização racial, e mais que isso com a continuabilidade da raça, sendo ela um continuo aprendizado, e evolutiva.

3) Ramilton - De quem é a idéia inicial, isso pouco importa. A questão principal é que está na boca de quem não entende sobre esse tipo de ideal lógico e tradicional da raça.

A padronização racial é deixada de lado depois de décadas de seleção. Se você não concorda com o termo não deveria utiliza-lo, pelo menos em respeito a quem tem amor pela raça. além disso faz trasnparecer que é seu posicionamento.

Final:

Gir é Gir. Agora quem entendeu o que eu quis dizer nessa discussão deve saber o quanto é ofensivo a utilização do sufixo Alternativo, para com os verdadeiros continuadores e preservadores do GIR!

José Alfredo Barreto

É isso aí Jorge !!! Gyr, que é Gyr, sempre há de ser Gyr, o que for além daí é embuste. Gir leiteiro não existe. São animais azebuados utilizados por um procedimento zootecnico, isto é, intitulado de m-e-l-h-o-r-a-m-e-n-t-o que visa apenas produção e não produtividade, cujo projeto, sabe-se, para se obter avanços, não leva em conta o fator RAÇA.

FIM DA DISCUSSÃO


Conclusão:

A forma com que é entitulado, em nada modificará o seu potencial. O verdadeiro GIR, não precisa de marketing, não precisa de premiação, não precisa se quer de comentários.
A raça GIR se paga, se sustenta.

"O GIR é uma raça que caminha com suas próprias pernas.
"
Zeid Sab

Portanto, aqueles que usam os rótulos não condizentes com as reais propriedades da raça, deveriam se aprofundar um pouco no que se refere a GIR. Até sugiro umas aulas com o mestre JOSÉ ALFREDO.
Esse tipo de comentário muito ofende aqueles que seguem a tradição de ser Girista neste país. E daquele deste tira seu sustento. Não pelo valor monetário, mas sim pelo valor sentimental (UMA VERDADEIRA PAIXÃO) pela raça que é base, o u melhor que sustenta a pecuária nacional.

Alternativo, é algo que pode substituir o já existente. E meus caros; a base de todo cruzamento, descende de uma raça pura.


Dilvulgue você também: jorgesabgir@hotmail.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário